Me chamo Ana Bárbara, tenho 22 anos e sou estudante de medicina da Faminas-BH. Nasci e fui criada no interior de Minas Gerais onde, muitas vezes, escutava dizeres preconceituosos, estando eles atrelados à imposição do papel da mulher como auxiliar e dependente dos homens. Felizmente, isso não ocorreu dentro da minha casa, onde tive o apoio dos meus pais na busca de realizar meu sonho de conquistar meu espaço e me tornar independente. Acredito que a colocação da mulher no mercado de trabalho e a independência financeira são fatores essenciais no combate à violência doméstica. Hoje em dia, porém, percebo que isso ainda não será suficiente para garantir respeito, igualdade e segurança à todas as mulheres.

Esse cenário preconceituoso é consequência de uma cultura machista enraizada no Brasil, a qual designa às mulheres um lugar de submissão e de menor poder em relação aos homens. Isso repercute nas mais diversas formas de violência -fisica, psicológica, sexual, etc. Dessa forma, fatores como o alcoolismo, o ciúme, o comportamento da mulher e seu jeito de vestir não são causas e muito menos justificativas para a violência. “As mulheres são vítimas de violência porque são mulheres”

Com isso, venho enfatizar o nosso papel de desmistificar os preconceitos inseridos na nossa cultura, visando então a redução de qualquer tipo de violência.

Ana Bárbara Lessa