Violência Psicológica
- Mulheres Apagadas
- 14 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de mai. de 2019

A violência psicológica ou emocional é um tipo de violência bastante presente na sociedade, em que o agressor por meio de uma ação ou omissão causa ou tenta causar dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa da mulher. Exemplos: insultos constantes, humilhação, desvalorização, chantagem, isolamento de amigos e familiares, falar mal ou diminuir a família da vítima, exploração, ameaças, privação arbitrária da liberdade (impedimento de trabalhar, estudar, etc.).
Segundo Triana Portal, psicóloga clínica e terapeuta de casal de São Paulo (SP), trata-se de uma forma socialmente aprendida por muitos de afirmação de força, como se quisessem perpetuar a hierarquia de um "gênero superior". "Pode ser um processo consciente ou inconsciente em que os objetivos, normalmente, são ferir a vítima para mantê-la sob seu controle e comando e, assim, sentir que é superior", explica. Muitos têm baixa autoestima e foram criados em lares abusivos, nos quais um ou os dois pais serviram de modelo negativo: agredindo, ameaçando, depreciando com palavras fortes, xingando, aplicando castigos. "Há os que alegam que não têm a intenção de cometer abuso, mas cometem mesmo assim. Por terem baixa tolerância à frustração e pouca capacidade para enfrentar situações e questões difíceis ou delicadas, eles atacam sempre que se sentem frustrados, contrariados ou quando veem o sucesso e a capacidade da mulher. Criticam para depois se desculparem e prometerem que não acontecerá de novo, justificando, por exemplo, que estão passando por uma fase difícil no trabalho", afirma Heloisa.
É importante salientar que a violência psicológica é mais difícil de ser identificada do que a física, uma vez que a vítima no início do abuso acha que é uma preocupação do companheiro com ela e que todo relacionamento tem problemas.
Além disso, mostrar a existência desse tipo de violência para as mulheres também é importante, uma vez que ela possui alguns riscos que podem prejudica-la: falta de libido, depressão, dores crônicas, ansiedade, estresse pós-traumático, dificuldade de concentração e atenção, isolamento, perda de memória, confusão mental, irritabilidade, insônia e abuso de substâncias.
Quando a mulher percebe que está sofrendo abuso emocional ela deve procurar ajuda de um profissional de saúde mental e/ou de alguma organização que combata a violência contra a mulher para conseguir sair do relacionamento abusivo. Além do mais, conversar sobre o que ela passa dentro de casa com amigos e família é importante para que eles consigam ajudá-la psicologicamente nessa situação.
Portanto, é possível perceber a importância de conseguir identificar os diferentes tipos de violências existentes para que a mulher busque ajuda e consiga sair de um relacionamento abusivo, não sofrendo consequências piores no futuro.
Referências utilizadas:
Violência intrafamiliar. Ministério da Saúde- Secretaria de Políticas de Saúde, 2002. Violência contra a mulher, p. 47-62.
Paula Drummond de Castro, Cristiane Bergamini. A violência psicológica tem difícil diagnóstico e causa danos graves. Revista eletrônica de Jornalismo científico, 2017.
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